No Ensino Fundamental, o conteúdo começa a ser ministrado na matéria de Cidadania, com uma aula semanal.
Já no Ensino Médio o aluno começa a ter a matéria de Direito: "Aí entram tópicos mais pesados como os do Direito Administrativo, constitucional e a lei do Funcionário Público". Afirma, Fabrícia Crispi, Gerente Educacional da rede Alub.
Contam-se alunos, que a carga horária de química foi reduzida para que houvesse inclusão da disciplina de Direito.
De acordo com a entrevista para o Uol, em cerca de um mês, a novidade parece ter agradado os alunos. Ana Laura Machado, do 6º ano, diz estar empolgada com a nova disciplina. "A gente aprende sobre a Constituição, direitos, leis. É legal entender dessas coisas", diz. Do 2º ano do Ensino Médio, Laura Lourenço já pensa em seguir carreira em Direito e na carreira pública: "Eu quero ser Advogada e penso em, no futuro, prestar concurso público, sim. Está valendo para eu ter uma noção de como é a disciplina".
A Gerente Educacional da rede, explica que a peculiaridade de região também influenciou na colocação das disciplinas dentro da grade curricular: "Brasília tem uma característica de pessoas que buscam o estudo não para fazer carreira em uma profissão específica e, sim, para passar em um concurso. Muitos dos pais dos alunos são Funcionários Públicos e pediram para implantar a novidade", diz.
Em crítica, o Especialista em Educação Pedro Demo, acredita que isso pode limitar a liberdade de escolha de carreira dos alunos. "Esta prática funcionaliza a escola a objetivos imediatistas. Sem falar que a preparação para concursos sempre significa o espírito dos cursinhos, do macete", explica.
Demo vai além e ainda critica a pressão do mercado e das provas na educação: "O mercado sempre teve a última palavra em educação. Esse é o resultado da pressão exercida pelas avaliações padronizadas externas como o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Estuda-se só para isso".
Fonte: Uol por Edgard Matsuki.
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