A primeira-tenente Ana Maria Adriano da Silva, oficial de assuntos civis da PM, faz a seguinte afirmação na entrevista dada a Uol: "Aqui todo mundo anda na linha e se respeita, e esse é um dos motivos".
Além da possível transferência para presídios comuns, outras punições também contribuem para a ordem no presídio militar. O diretor pode determinar o isolamento do interno por até 30 dias na "solitária", onde não se pode ter contato com outros presos e nem direito a sair da cela, exceto para se alimentar e tomar um pouco de sol.
Também pode ser determinado pelo juiz, a mudança do regime de cumprimento de pena para RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por até um ano. A lei, que vigora desde 2003, foi criada para que haja limitação na ação dentro dos presídios de facções criminosas como o CV (Comando Vermelho) no Rio de Janeiro e o PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo. A tal lei, prevê que o preso fique mantido em cela individual 22 horas por dia, sem receber jornais, assistir televisão ou ter qualquer contato com o mundo externo.
Aproximadamente, 60% dos internos do presídio estão cumprindo pena ou aguardando julgamento por homicídio, alguns deles por participação em crimes durante a onda de violência que assolou São Paulo no segundo semestre de 2012. É comum que os "policias" expulsos do presídio militar sejam mandados para a P2 de Tremembé, penitenciária especial que acolhe presos que sofrem rejeição junto à população carcerária comum em função de seus crimes (estupradores, pedófilos, assassinos de crianças e ex-policiais).
Integralmente, a segurança do Romão Gomes é realizada por policiais militares, diferenciando das outras prisões que tem a segurança feita por agentes penitenciários.
É importante mencionar que lá, todos são tratados da mesma forma, ou seja, não existe autoridade hierárquica entre eles. Só devem seguir as regras internas com qualquer outro preso.
Fonte: Uol Notícias
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