quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Presídio para PMs em SP: Medo de transferência para prisão comum mantêm disciplina

Cerca de 191 policiais militares que cumprem pena ou aguardam julgamento no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, sentem receio da transferência para uma penitenciária comum, portanto, têm mais um motivo para que a boa ordem, ou seja, a disciplina no local seja mantida.
primeira-tenente Ana Maria Adriano da Silva, oficial de assuntos civis da PM, faz a seguinte afirmação na entrevista dada a Uol: "Aqui todo mundo anda na linha e se respeita, e esse é um dos motivos".

Além da possível transferência para presídios comuns, outras punições também contribuem para a ordem no presídio militar. O diretor pode determinar o isolamento do interno por até 30 dias na "solitária", onde não se pode ter contato com outros presos e nem direito a sair da cela, exceto para se alimentar e tomar um pouco de sol.

Também pode ser determinado pelo juiz, a mudança do regime de cumprimento de pena para RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por até um ano. A lei, que vigora desde 2003, foi criada para que haja limitação na ação dentro dos presídios de facções criminosas como o CV (Comando Vermelho) no Rio de Janeiro e o PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo. A tal lei, prevê que o preso fique mantido em cela individual 22 horas por dia, sem  receber jornais, assistir televisão ou ter qualquer contato com o mundo externo.
Aproximadamente, 60% dos internos do presídio estão cumprindo pena ou aguardando julgamento por homicídio, alguns deles por participação em crimes durante a onda de violência que assolou São Paulo no segundo semestre de 2012.  

É comum que os "policias" expulsos do presídio militar sejam mandados para a P2 de Tremembé, penitenciária especial que acolhe presos que sofrem rejeição junto à população carcerária comum em função de seus crimes (estupradores, pedófilos, assassinos de crianças e ex-policiais).

Integralmente, a segurança do Romão Gomes é realizada por policiais militares, diferenciando das outras prisões que tem a segurança feita por agentes penitenciários.

É importante mencionar que lá, todos são tratados da mesma forma, ou seja, não existe autoridade hierárquica entre eles. Só devem seguir as regras internas com qualquer outro preso.

Fonte: Uol Notícias

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